E a vida continua, meu bem.
Continua.
Cheia de começos e fins.
Como se deve ser.

Meu bem, meu bem.
Eu continuo assim.
Do mesmo jeitinho.
As manias, as chatices, os encantos.
E você, eu sei, me conhece.
Me conhece assim, desse jeitinho.

Eu ando indo e vindo por aí. Por aí.
Perdendo quando me vou.
E deixando um pouquinho de mim pelos cantos. Sem muitos esforços (acredite, querido!). É assim que tenho sido.
Tenho carregado comigo minha força e minha fraqueza.
Não sei bem meu bem, onde vou parar.

Tenho me embriagado com o brilho dos outros vez ou outra.
E vez ou outra tenho também me entregue assim de bandeja. Pra quem quiser ver. E geralmente tem-se querido. Mas nunca se sabe, né meu bem?!
Nunca se sabe.
Não tenho me preocupado muito em saber. Mas tenho sentido.
Ah sim, tenho sentido as coisas que me aparecem.
Tenho usado meus imaturos sentimentos.
Esses que você conhece como ninguém, baby.
É. Parece que ando sendo menos racional (acredite novamente querido, podes acreditar!)

E o resto meu bem,
você poderia até continuar por mim:
Os mesmos olhinhos negros. o mesmo andar desajeitado.
e aquela carinha ora de criança ora de crescida.
E por aí vai.
Que por aqui eu vou.
Tentando de tudo um pouco.
Sendo um pouco de tudo.
Sabe pra que, meu amor?
Pra ser feliz.
(É o que me resta)