
Calejado o coração –
E a alma –
Anda de cabeça tão baixa
Que já não é mais possível
Sonhar ou qualquer coisa
Dita assim: celeste.
Doem os entres.
Sobrevive.
Já se passam tantos invernos desde.
Os líquidos são constantes amigos (constanteando fiéis)
Sangue
Lágrimas
Sêmen
Vômito
Suor
Saliva
Vinho
Tudo escorre e depois: nada.
Nadam dentro de.
Dentre.
O enjôo, a náusea, a fadiga, o mundo rodopiante vencem.
Tudo tão misturado e se misturando
Fazendo dela o próprio experimento vivo:
um eterno liquidificadorizando-se.
2 comentários:
dona tay, que birita pesada foi essa, hein?
e o mundo rodopia, rodopiiia...
:*
Belo texto, ótimo jogo de palavras! A foto também caiu muito bem... deu um ar de "acompanho" ao texto!
Excelente!!!
=D
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