são oito meses: uma gestação de mim mesma.
não digo só pelo tempo, mas pelos contratempos:
remexe tudo dentro
dá enjôo, náusea e mal-estar
chuta, quer nascer
desejos estranhos me tomam.
também posso falar da alegria: da alegria de dar um filho, parir um filho da minha própria barriga direto pro mundo. da expectativa dos olhinhos e bochechas, das novas experiências, de como vai ser quando essa vida sair de mim.
não é um mar de flores.
na verdade é: só que as flores tem espinhos e os mares também tem ondas violentas e bruscas. construir dentro de você uma nova pessoa é carregar uma coisa pesada e frágil e desconhecida. construir essa pessoa dá medo e as lágrimas saem escorrendo: nunca se é forte o suficiente. foi o que sempre me disseram: ninguém está preparado para ter um filho.
espero por esse filho: ele certamente me trará algo que só as mães que já tiveram que carregar esse peso e esse incômodo sabem:
da leveza.
quinta-feira, agosto 16, 2007
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2 comentários:
Que lindo, Tainá;
saudades de me deliciar com as tuas leves e sentidas palavras.
saudades de me perder em teus devaneios tão sinceros.
saudades de você,
moça.
beijobeijobeijo
;)
Cool: I Feel.
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