não sabe o que quer.
e se acostuma - ela - em não saber.
de conflitos passa o mês.
por entre dias e não-dias.
meio-dias, fim dos dias.
eu abro pra ela.
ela se abre.
o meu querer - eu aprendi
é voz do inconsciente.
me acostumo então (em tão)
desconhecendo os dois.
e fico assim: num sei-que-não-sei eterno.
o que sei não sei
eu que não sei o que sei.
Absurdo.
meu viver é absurdo.
- como não morro de pesadelo?
- como meu coração já fatigado não descansa?
- como é que deus me fez para a existência?
eu não sei existir.
eu quero des-ser.
- deus, amanhã me nasce estrela?
- ou então me sê dessas coisas mais cotidianas:
pedra
mato
calçada
enfeite
sombra
sonho
e aí - se deus quiser - a vida vai me valer.
quinta-feira, julho 06, 2006
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3 comentários:
O cotidiano tira o ser humano de seu próprio eu, que não tem tempo nem espaço.
Concorda?
Caralho!!!
Como é que se chega a escrever assim?
Me ensina?!
Beijos.
deus, amanhã me nasce?
eu acho q eu tb não sei existir.
posso chorar depois de ler isso?
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