terça-feira, setembro 26, 2006

da partida.

Da partida vem a saudade.
imediata.
parece brincadeira dito assim: imediata saudade.
O ritual me consome: vai me matando mansamente.
as roupas dobradas, o guarda-roupa vazio, passaporte em cima da mesa, avião, abraços e adeus.
Penso num renascer.
mas aí o dia responde com chuva forte e céu cinza.
compartilho: chovo e cinzo.
alivia mas não me engano: da partida.
Não te vi acenando na janela, como nos filmes.
De qualquer jeito: saudade.
de todos os jeitos.



Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

(...)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

3 comentários:

Frederico Machado disse...

você sim. Literatura. quem não somos idiotas?

Cayo Candido disse...

Saudade é algo que se ganha ou que se perde com o tempo?

Bela canção...

Abraços!

Iuri disse...

3° cicatriz.

Engraçado, mas me sinto tão mais à vontade para comentar aqui...

:)

Saudade...
é dor inevitável, eu sei
quase um falso prazer.

E essa música é melancolicamente maravilhosa, moça.

Beijos meus.