segunda-feira, junho 23, 2008

um tom

nunca fôra no tom, assim, como se diz.
como se diz de alguém que se encaixa justinho em alguma coisa.
era frouxo, apertado: não cabia nesse tom que lhe fora dado, desejado, esperado.
talvez isso: tão esperado foi que encontrasse que pertencesse que conhecesse a fundo
que - abusado que era - não foi.
e não planejou, o rapaz, ter se dado dessa forma ter sido dessa maneira ser dessa maneira sendo.
e não houve em seu caminho quem compreendesse.

quantas notas precisariam para tal?
qual a melodia que te toca?
e o ritmo que repercute aí em tu?
se as minhas palavras são inúteis, incompreensíveis, tijolos fincados no asfalto, sem possibilidade que vôem que vôem q u e v ô e m
como apreender o que eu digo se teu ouvido te pertence tanto que ensurdece?

Um comentário:

Anônimo disse...

que bacana isso: como apreender o que eu digo se o teu ouvido te pertence...!

Muito bom, Tainá (a Outra)! rs.

que continuará lá por um looongo tempo, no meu blog, comigo falando e desfalando.

beijim, fica bem.